Autoeuropa estende concessão no porto de Setúbal

Ampliação de terminal dedicado à Fábrica de Palmela  em estudo 

A Autoeuropa vai assinar hoje o contrato de prolongamento do contrato de concessão do terminal que opera no porto de Setúbal por mais 15 anos, ou seja, até 2030. "São mais 15 anos. O anterior contrato terminou e é assinado este novo", disse Vítor Caldeirinha, presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, que vai estar presente hoje na cerimónia de assinatura deste contrato, escreve o Jornal Diário Económico. Vítor Caldeirinha adiantou ainda que este contrato inclui um projecto de ampliação do terminal dedicado à fábrica de Palmela, já ponderado há vários anos, em função da evolução da economia mundial e do mercado automóvel global em particular.
Autoeuropa continua a apostar forte no Porto de Setúbal 

De acordo com este responsável, a renda cobrada pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, ao fabricante germânico de automóveis "mantém os valores em torno de meio milhão de euros para seis hectares e acesso ao cais ‘ro-ro' [‘roll on-roll off']", especializado na movimentação de automóveis. Tendo em conta que esta verba é anual, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, conseguiu com este contrato garantir receitas mínimas de 7,5 milhões de euros da Autoeuropa ao longo do prazo desta nova concessão deste terminal portuário em Setúbal.
Mas Vítor Caldeirinha adiantou que este contrato inclui um projecto de ampliação do terminal dedicado à Autoeuropa, já ponderado há vários anos, em função da evolução da economia mundial e do mercado automóvel global em particular. "Existe a possibilidade de expansão até 10 hectares, podendo ir a 12 hectares ou mais, caso seja necessário", garantiu, em entrevista ao Diário Económico, o presidente da unidade portuária de Setúbal. Esta opção de expansão irá elevar o valor da renda cobrada pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra à fábrica de Palmela.
Vítor Caldeirinha esclarece ainda que "a ampliação do cais ‘ro-ro' permite manter espaço para a importação em caso de expansão futura da área da Autoeuropa".
No entanto, as incertezas sobre o futuro da Autoeuropa adensaram-se na última semana, uma vez que a casa-mãe, a Volkswagen foi envolvida num escândalo de falsificação de dispositivos de leitura de emissões poluentes dos automóveis das diversas marcas do grupo, o que deverá implicar custos gigantescos em indemnizações a pagar, em quebra de vendas e de reputação e na necessária reestruturação do construtor automóvel alemão.

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