Educação entre prioridades do município de Almada

"Cidade da Água" vai nascer na Margueira 

A qualificação da oferta educativa e a abertura de alguns espaços da zona da Margueira foram duas prioridades identificadas nos trabalhos do 1.º Congresso de Almada, que terminou no domingo no Teatro Municipal Joaquim Benite. "Os problemas de maior urgência têm a ver com a qualificação da oferta educativa, aprofundamento de uma conceção da escola ligada à sociedade", disse aos jornalistas o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, depois de presidir à sessão de encerramento do congresso. "O outro aspeto tem a ver com as frentes ribeirinhas e atlântica. Quer a zona que vai da Margueira até à Cova do Vapor, quer a zona atlântica, da Cova do Vapor à Fonte da Telha, têm de ser alvo de uma grande atenção", disse o chefe do executivo municipal. 
Projecto Almada Nascente 'Cidade da Água' - Praça Lisnave

No que respeita à zona da Margueira, para onde está previsto o projeto denominado "Cidade da Água", com uma área de construção de 640 mil metros quadrados e que tem vindo a ser promovido a nível internacional, o presidente da Câmara de Almada defende que é preciso abrir alguns espaços aos almadenses, até para evitar que todo aquele património se degrade rapidamente.
"A Câmara municipal fez um trabalho de grande qualidade com uma equipa de arquitetos que é considerada uma das melhores no plano mundial. Existe um plano [de requalificação do território dos antigos estaleiros da Lisnave, deslocalizados para Setúbal] que está publicado no Diário da República e agora trata-se de o implementar. Esse projeto não pode continuar à espera", defendeu Joaquim Judas
"Não perdendo de vista aquilo que é o plano, naturalmente que é preciso olhar para o potencial que ali está. Há áreas imensas dentro da Margueira que podem ser utilizadas desde já, para usos transitórios a dez/quinze anos. Temos de ter uma atitude mais dinâmica em relação àquilo que ali temos e não estarmos numa posição expectante até que alguém apareça", acrescentou o presidente da autarquia.
Joaquim Judas disse que, através de pequenos investimentos, é possível promover a utilização temporária de vários pavilhões da Margueira, permitindo a acessibilidade dos almadenses e dos visitantes.
"Essa é a melhor forma de conservar aquele espaço. Áreas fechadas e abandonadas são áreas que tendem a degradar-se", justificou.
No 1.º Congresso de Almada, que teve mais de 1100 participantes nos debates realizados em todo o concelho, foram ainda identificadas outras prioridades em diversas áreas, designadamente educação, transportes, ambiente, energia, desenvolvimento económico e coesão social, entre outras.
As conclusões do congresso deverão ser tidas em conta no processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Almada.

Agência de Notícias

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