Sesimbra recorda Quinta Feira da Espiga

Caminhada pela natureza na Quinta Feira da Espiga 

Assinala-se esta quinta-feira dia da espiga. A tradição deixou de ter a força de outros tempos, mas hoje ainda muitos vão apanhar o que chamam o ramo da fortuna. Para assinalar a quinta-feira de Ascensão, cujas práticas religiosas e tradicionais estão ainda bem enraizadas na comunidade, a Câmara de Sesimbra promove uma caminhada para a apanha da Espiga, no dia 5 de Maio, das 9 às 12 horas. O ponto de encontro é no Campo de Futebol do Grupo Desportivo União da Azoia. O Dia da Ascensão, designado popularmente por Dia da Espiga, tem lugar 40 dias após o Domingo de Páscoa. Neste dia, é tradição colher-se um ramo nos campos, constituído por espigas de trigo (abundância de pão), tronquinho de oliveira (que simboliza a paz), papoilas (a alegria), malmequer branco (a prata) e malmequeres amarelos (o ouro). O ramo da Espiga guarda-se dentro de casa, na cozinha ou na sala, por vezes atrás da porta ou junto de uma imagem religiosa, até ao ano seguinte.

Sesimbra organiza caminhada para apanhar espiga na quinta-feira

É voz corrente que a tradição já não é o que era, o que é um facto. Mas é também verdade que, embora sem o entusiasmo de outrora, algumas das nossas antigas tradições ainda hoje persistem. É o caso do Dia da Espiga, que se celebra um pouco por todo o país na Quinta-Feira da Ascenção, que tem lugar 40 dias após o Domingo de Páscoa. Manda a tradição que neste dia se vá de manhã cedo ao campo apanhar espigas de cereais e outras flores campestres para fazer um ramo que deve ser guardado pendurado em casa até ao Dia de Espiga do ano seguinte.
Neste dia, é tradição colher-se um ramo nos campos, constituído por espigas de trigo (abundância de pão), tronquinhos de oliveira (que simbolizam a paz), papoilas (a alegria), malmequeres brancos (a prata) e malmequeres amarelos (o ouro).
O ramo de espiga guarda-se dentro de casa, na cozinha ou na sala, por vezes atrás da porta ou junto de uma imagem religiosa, até ao ano seguinte.
E para lembrar a tradição e festejar o dia, a Câmara de Sesimbra assinala a quinta feira da espiga, a 5 de Maio, das 9 às 12 horas. 
A participação é livre. O ponto de encontro é no Campo de Futebol do Grupo Desportivo União da Azoia, às 8h45 horas. Aconselha-se que os participantes tragam água e vestuário e calçado adequado à atividade e época.Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs e esteja ligada à tradição dos Maios e das Maias.
O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios da casa.
Hoje em dia, sobretudo nos centros urbanos, são raras as pessoas que ainda vão colher o ramo da espiga, mas há quem os faça para vender, sinal de que a tradição se mantém viva. A caminhada pelos campos de Sesimbra provam que o dia não é esquecido.

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