Hospital Garcia de Orta, em Almada, reduziu cirurgias

Falta de anestesistas no Hospital Garcia de Orta reduziu cirurgias

O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos afirmou que a falta de anestesistas obrigou a uma "redução de 20 a 24 cirurgias por semana", no Hospital Garcia de Orta, em Almada. "Há cerca de um ano, o Hospital Garcia de Orta perdeu 10 anestesistas - passou de 24 para 14 - e não consegue contratar outros", disse Jaime Teixeira Mendes, após uma reunião com a administração do Hospital Garcia de Orta, realizada esta sexta-feira.

Falta de anestesistas em Almada preocupa ordem dos Médicos 

De acordo com o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, "há algumas cirurgias que só têm bloco de operações disponível de duas em duas semanas e o Hospital Garcia de Orta calcula que houve ume redução de 20/24 cirurgias por semana, o que representa um número muito grande ao fim de um mês", referiu Jaime Teixeira Mendes, após uma reunião com a administração do Hospital Garcia de Orta.
Para a Jaime Teixeira Mendes, a saída de médicos anestesistas do Hospital Garcia de Orta coincidiu com a entrada em funcionamento dos novos hospitais público-privados de Loures e Vila Franca de Xira.
"A lei permite que esses hospitais público-privados venham recrutar nos hospitais do SNS (Serviço Nacional de Saúde), como o Garcia de Orta, oferecendo melhores condições aos médicos", disse, lamentando que as administrações hospitalares só possam substituir os profissionais de saúde que deixam os hospitais públicos através de empresas de prestação de serviços.
"Defendemos que os hospitais públicos deveriam poder contratar médicos diretamente, quando têm falta de especialistas, mas estão proibidos de o fazer pela nova lei, pelo que têm sempre de contratar através das empresas de prestação de serviços, o que tem sido um cancro para o SNS", disse.
Para Jaime Mendes trata-se de uma restrição incompreensível, uma vez que existe a convicção de que a contratação de médicos através de empresas de prestação de serviços, em detrimento da contratação direta pelos hospitais, "acaba por ficar muito mais cara" ao erário público.
"Além disso, essas empresas [de prestação de serviços] ficam com uns 30 a 40 por cento do valor pago pelos hospitais e pagam muito menos aos médicos", acrescentou o Presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.
Agência de Notícias



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