PRAVI fez esterilizações legais em Palmela

PRAVI contesta denuncia da Ordem dos Médicos Veterinários sobre esterilizações ilegais

A PRAVI – Projeto de Apoio a Vítimas Indefesas, repudia veementemente o Comunicado da Ordem dos Médicos Veterinários, de 2 de Maio, em que lhe é imputada a promoção de esterilizações ilegais em Palmela, realizadas por médicos veterinários estrangeiros, sem autorização para exercerem em Portugal.

PRAVI promoveu esterilizações em Palmela 

A campanha de esterilização, realizada em Palmela, diz um comunicado assinado por  Sónia Pereira de Almeida da PRAVI, foi promovida pela associação  com a colaboração do "Município de Palmela e respetivo Médico Veterinário Municipal, subsidiada financeiramente pela Fundação alemã ETN, Europäischer Tier- und Naturschutz e executada por veterinários nacionais de Estados membros da União Europeia, altamente qualificados, que se encontram ao serviço da referida Fundação, os quais atuam em Portugal desde 2006 e realizam campanhas de esterilização em toda a Europa".
De acordo com a PRAVI, segundo os estatutos da Ordem dos Médicos Veterinários, "podem prestar em Portugal serviços médico veterinários individualizados” e ”consideram-se independentemente de qualquer formalismo, inscritos na Ordem para efeitos de deontologia e de responsabilidade disciplinar”. 
Por isso, diz Sónia Pereira de Almeida, a Ordem dos Médicos Veterinários "revela pois manifesta má fé e intenção caluniosa ao lançar a suspeição sobre os veterinários responsáveis pela campanha, ao omitir intencionalmente que a campanha foi realizada em colaboração com a Câmara de Palmela e respetivo veterinário municipal e ao imputar à PRAVI a prática de esterilizações ilegais". 
A responsável da associação diz ainda que "o comunicado da Ordem dos Médicos Veterinários e a respetiva difusão pública, lesou gravemente o bom nome e reputação da PRAVI, que irá agir judicialmente, quer contra a Ordem dos Médicos Veterinários, quer contra a sua Bastonária". A denúncia da Ordem "lesou também o bom nome e reputação do Município de Palmela e respetivo Médico Veterinário Municipal, que apoiaram a campanha, da Fundação Europeia para a Protecção dos Animais e da Natureza, que a subsidiou técnica e financeiramente, e dos 3 veterinários que a realizaram". 
Para Sónia Pereira de Almeida, a Ordem dos Médicos Veterinários "lesou ainda, grave e intencionalmente, a execução de uma campanha de esterilização de relevante interesse público, cujo objectivo era controlar o excesso de população de animais abandonados e errantes e, desse modo, proteger a saúde pública, a segurança rodoviária e a vida dos animais de companhia, que são abatidos aos milhares nos canis municipais", conclui a responsável da PRAVI. 

Ordem denunciou "práticas ilegais"  
Recorde-se que no inicio deste mês, a Ordem dos Médicos Veterinários alertou para a existência de uma campanha de esterilização de animais que estará a ser feita de forma ilegal e que poderá pôr em risco a saúde dos animais.
Num comunicado, assinado pela bastonária da Ordem, Laurentina Pedroso, afirma-se que está a decorrer em Palmela uma campanha de esterilização de animais por parte de “alegados médicos veterinários de nacionalidade estrangeira, que não se encontram inscritos” na Ordem nem pediram autorização para exercer em Portugal.
Laurentina Pedroso escrevia ainda que não "existem garantias de que possuam as habilitações necessárias para o exercício da medicina veterinária, pelo que poderá estar em risco a saúde e o bem-estar dos animais".
O comunicado da Ordem concluía que os responsáveis pela campanha “atuam ilegalmente no país em locais sem quaisquer condições para a realização de tais práticas médicas e cirúrgicas".

Comentários