Palmela quer Destacamento Territorial da GNR

Autarcas não acreditam na versão da GNR para a não instalação do Destacamento Territorial em Palmela

A Câmara de Palmela aprovou, por unanimidade, uma moção a reivindicar junto do ministro da Administração Interna e do Comando Geral da Guarda Nacional Republicana “a efectiva instalação do Destacamento Territorial de Palmela da GNR”.

Palmela insiste com Miguel Macedo para criação do Destacamento 
Planeado para ser um quartel sede de Destacamento Territorial da GNR de Palmela e receber cerca de 125 militares da guarda, o novo posto da GNR da vila de Palmela, inaugurado em Março,  funciona apenas como posto da GNR, com um total de 37 efetivos, não se sabendo ainda quando será possível um reforço de meios e de pessoal de forma a cumprir na pleniude as funções de um Destacamento Territorial da GNR. 
Posto isso, a autarquia de Palmela quer a instalação do destacamento, “com a dotação plena do contingente e as valências inerentes, e que esteve na motivação e na génese da construção do novo quartel”.
A Câmara de Palmela, reivindica também “o reforço dos meios materiais/técnicos e humanos do Posto Territorial de Palmela adequados à dimensão, características e necessidades de segurança do concelho, até à efectiva instalação do destacamento”, assim como “um investimento sério na formação de mais agentes da GNR, que permita suprir o défice actualmente existente, de modo a dotar os vários postos e destacamentos dos meios humanos adequados”.
Para além da moção, o presidente da câmara, Álvaro Amaro, já se reuniu com o comandante-geral da GNR, tenente-general Luís Parreira, para o sensibilizar para esta questão. Segundo as chefias da GNR, o Destacamento Territorial  ainda não foi criado porque "os efectivos que estão a ser formados”. 
A explicação não convence a Câmara de Palmela. E afirma Álvaro Amaro que reivindicar a instalação do destacamento significa a “defesa dos interesses do município e das expectativas que foram criadas com todo o processo”.

Oposição ao lado do executivo 
E se a explicação não "convence" o executivo municipal também está longe de ser entendida pela oposição [PS e a coligação PSD/CDS-PP].  “Não acredito que a formação de militares seja a única razão pela qual não inaugurámos o destacamento”, referiu a vereadora socialista Natividade Coelho. 
A vereadora do  PS disse mesmo  que foi “com algum choque” que, no dia da inauguração, ouviu “referências do comandante e do ministro de que estávamos a inaugurar um posto”. E para Natividade Coelho "estas coisas não se fazem de surpresa, os planeamentos devem ser cumpridos, não se gasta assim o dinheiro dos contribuintes”, diz a autarca socialista, defendendo, por isso, que esta moção é “muito oportuna”e que “a câmara deve tomar posição”.

Destacamento Territorial coordena vários postos 
A construção do quartel resultou de um protocolo celebrado entre a câmara e o ministério, no âmbito do qual o município cedeu o terreno, lançou e fiscalizou a empreitada de construção, financiada pela Administração Central, no valor de 1,5 milhões de euros.
Quando estiver a funcionar como Destacamento Territorial de Palmela, o novo quartel irá coordenar os postos territoriais da GNR de Palmela, Pinhal Novo, Poceirão [atualmente são coordenados pelo Destacamento Territorial de Setúbal] e o posto de Canha, no concelho de Montijo, contribuindo assim  para que a GNR de Palmela fique “mais e melhor dotada de meios técnicos e humanos”, algo fundamental para melhorar a segurança em toda a região. A nova infraestrutura vai albergar ainda “serviços e brigadas especiais que darão outras respostas relativamente ao crime e ao trânsito, em todo o concelho de Palmela e nas regiões limítrofes", garante fonte da GNR. Por agora o quartel, inaugurado no mês passado, serve de posto da GNR para as freguesias de Palmela e Quinta do Anjo. 
O edifício, que permitirá acolher 125 elementos, apresenta uma área total aproximada de 2.783m2 e desenvolve-se em três volumes: edifício principal, que albergará o destacamento; anexo para garagem, arrecadação e espaço de apoio e canil. De momento conta apenas com 37 efectivos.

Agência de Notícias

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