McNamara vai surfar as ondas do Barreiro

Há ondas no Tejo e McNamara quer surfá-las

A convite da Gasoline – Associação Cultural e Desportiva do Barreiro e do Turismo de Portugal, o surfista norte-americano Garrett McNamara, que pôs Nazaré nas bocas do mundo do surf, virá perseguir a onda provocada pelos catamarans do grupo Transtejo. Mc Namara estará esta manhã, a partir das 7 horas, na praia do Bico do Mexilhoeiro, no Barreiro. 

Mc Namara vem hoje ao Barreiro surfar nas ondas do Tejo 

Garrett McNamara, conhecido por surfar ondas gigantes, terá, esta terça-feira, um desafio bem diferente: uma onda pequena, mas comprida, e que é formada no rio e não no mar. Trata-se da onda do rio Tejo que é gerada pelos catamarans que ligam Lisboa e o Barreiro e que pode atingir 150 metros de comprimento. Chama-se "Gasoline" e forma-se na praia do Bico do Mexilhoeiro, no Barreiro.
O evento realiza-se esta manhã, a partir das 7 da manhã, e faz parte de uma iniciativa do Turismo de Portugal chamada “McNamara Surf Trip”, e pretende dar a conhecer as ondas do país a que o surfista do Hawai insiste sempre em regressar. Até 30 de Abril, serão feitas filmagens de um documentário sobre o surfista e a sua relação com o mar português.
McNamara viajará a bordo dos catamarans da frota Soflusa, a partir do Terminal Fluvial do Terreiro do Paço, em direcção à praia do Bico do Mexilhoeiro no Barreiro, onde se junta a Ricardo Carrajola, presidente da associação Gasoline, para surfar uma das raras ondas do rio Tejo.
A onda tem o nome da associação. “Gasoline remete para o rasto deixado pelo barco e é também o que dizemos quando a onda está no máximo potencial”, conta o presidente da associação de promoção dos desportos de acção (surf e skateboard), formada em 2013, que trabalha com jovens de várias instituições do concelho do Barreiro. A onda, segundo Ricardo Carrajola, só se forma “quando a maré está vazia, é hora de ponta e o barco está cheio”, e só em seis dias por mês, o que a torna numa oportunidade rara para os adeptos desta modalidade.
O surf no rio Tejo começou há cerca de dez anos entre um grupo de amigos, no qual se inclui Ricardo Carrajola, quando os cacilheiros que faziam a ligação entre Lisboa e o Barreiro foram substituídos por catamarans, tipo de barco mais rápido e potente cuja passagem cria ondas ribeirinhas capazes de rivalizar com as oceânicas.
Inicialmente, estava previsto o surfista ter ido surfar esta segunda-feira aquela onda, mas a iniciativa foi cancelada e adiada para esta terça-feira.
O projecto vai ser apresentado pelo presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, que vai estar na praia do Bico do Mexilhoeiro.

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