Schnellecke Logística prepara despedimento
coletivo
A Schnellecke
Logística vai proceder a um despedimento coletivo de 42 trabalhadores que prestavam
serviço na sequenciação e decantação de peças nas instalações da Autoeuropa, em
Palmela, revelou o coordenador da Comissão de Trabalhadores, António Costa.
A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores de empresas do Parque Industrial
da Autoeuropa admite que poderão ser eliminados cerca de 500 postos de trabalho
até final do ano, se, entretanto, não houver uma melhoria no mercado automóvel.
“O despedimento coletivo abrange 42 trabalhadores da área comummente designada por 'supermercados', dado que a Autoeuropa decidiu fazer, a partir de Maio, o insourcing dos postos de trabalho que, até hoje, eram feitos por nós”, disse António Costa, lembrando que se trata de mais uma redução de postos de trabalho devido à crise no setor automóvel.
De acordo com a Comissão de Trabalhadores da Schnellecke Logística, o despedimento coletivo abrange 33 trabalhadores efetivos, 7 com contrato a termo certo e 2 trabalhadores temporários.
Mas, se alguns poderão ser obrigados a abandonar a empresa contra a sua própria vontade, há outros que estão dispostos a sair de livre iniciativa, explica o coordenador da Comissão de Trabalhadores.
“Vamos
iniciar negociações com a administração para tentar resolver alguns casos, dado
que há alguns trabalhadores interessados em integrar o processo de despedimento
coletivo de forma voluntária”, disse António Costa, adiantando que, após o
despedimento coletivo, a empresa deverá ficar com um total de cerca de 200
trabalhadores.
Até porque de acordo com
o representante dos trabalhadores, “não há medidas alternativas porque a unidade que tinha a função de
fazer peças para a Autoeuropa vai ser descontinuada”, explica adiantando que a
fábrica da Volkswagen vai optar, a partir de 2 de Maio, por fazer a produção
própria destas peças. “O excedente laboral na Autoeuropa faz com que o
outsourcing diminua e atinja gravemente a indústria de componentes”, diz o
coordenador da Comissão de Trabalhadores da Schnellecke que prevê, até ao final
do ano, a perda de 500 postos de trabalho no parque industrial.
A administração da fábrica instalada no Parque Industrial da Autoeuropa vai iniciar reuniões com a comissão de trabalhadores esta segunda feira para tratar do processo de despedimento coletivo, sendo a “reclassificação profissional” a única solução para salvar os postos de trabalho. António Costa refere que vai ser estudada a forma como o despedimento coletivo será aplicado, já que “há situações de casais na mesma fábrica que não podem perder dum momento para o outro o sustento”.
A administração da fábrica instalada no Parque Industrial da Autoeuropa vai iniciar reuniões com a comissão de trabalhadores esta segunda feira para tratar do processo de despedimento coletivo, sendo a “reclassificação profissional” a única solução para salvar os postos de trabalho. António Costa refere que vai ser estudada a forma como o despedimento coletivo será aplicado, já que “há situações de casais na mesma fábrica que não podem perder dum momento para o outro o sustento”.
500 trabalhadores dispensados até final do ano
Segundo Daniel Bernardino, representante
da Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial de Palmela,
muitas empresas, fornecedoras de componentes ou serviços à fábrica de
automóveis de Palmela, acabam por sofrer também as consequências da
diminuição do volume de encomendas da unidade industrial do grupo
Volkswagen e veem-se forçadas a reduzir o número de postos de trabalho.
"Na Faurécia,
onde está em curso um despedimento coletivo de 69 trabalhadores, há quatro ou
cinco que já saíram, mas os restantes continuam na empresa até final de Abril. E
há mais 20 que já rescindiram por mútuo acordo", disse ainda.
"Na SAS já
foram dispensados cinco trabalhadores temporários, na Vampro, Bentler,
Palmetal, Wheels e Paintyes, também já foram dispensados alguns
trabalhadores e acreditamos que também poderá haver uma redução de postos
de trabalho na Schnellecke", acrescentou Daniel Bernardino,
salientando que os casos referidos são apenas alguns exemplos do que se
está a passar com muitas empresas do parque industrial.
De acordo com o
representante da Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque
Industrial da Autoeuropa, para além da dispensa de trabalhadores
temporários, também há empresas que já não estão a renovar contratos a
prazo que terminam em Abril e Maio.
"Se não houver
uma melhoria no setor automóvel, até final do ano vamos ter uma redução
de, pelo menos, 500 postos de trabalho no Parque Industrial da
Autoeuropa", reiterou o representante das Comissões de Trabalhadores
do Parque Industrial da Autoeuropa.
Agência de Notícias
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