Protesto pára Intercidades no Pinhal Novo


Operários da EMEF param intercidades durante 20 minutos


Cerca de 300 trabalhadores dos caminhos de ferro impediram ontem a saída do comboio intercidades do Pinhal Novo durante alguns minutos, no âmbito de um protesto contra a redução de direitos dos funcionários da empresa. Ana Portela, da CP, diz que as autoridades foram chamadas ao local e depressa resolveram a situação.

 Trabalhadores da EMEF   pararam intercidades no Pinhal Novo 

"Estiveram aqui cerca de 300 pessoas, trabalhadores no ativo e ferroviários reformados, em protesto contra a retirada de direitos, de forma unilateral, por parte da CP, designadamente contra a retirada dos passes", disse à agência Lusa Filipe Marques, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF).
“Às 16h24 cortámos a linha simbolicamente à passagem do comboio intercidades", acrescentou Filipe Marques, adiantando que o protesto provocou "um atraso de cerca de 20 minutos no comboio, que se repercutiu também nas composições ferroviárias da Fertagus".
De acordo com o sindicalista, o protesto visava também "alertar os portugueses para o facto de se estarem a fazer encomendas de material que poderia ser feito pela mão de obra qualificada que está disponível nas oficinas da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário", no Barreiro.
Para Américo Leal, coordenador da comissão de utentes da Linha do Sado, “é necessário lutar para que a EMEF do Barreiro se mantenha a prestar o serviço público exigido”.
“A CP está a envergar por medidas que vão contra aos próprios interesses da empresa e do serviço público prestado em condições”, conta Américo Leal, criticando a “mesma desculpa de sempre quanto à falta de recursos financeiros para melhorar a qualidade do transporte ferroviário”.
Outro dos presentes do corte simbólico na linha do sul foi Luís Leitão, dirigente sindical da União de Sindicatos de Setúbal, que mostra preocupação relativamente aos “120 postos de trabalho que vão estar postos em causa e as consequências negativas que o despedimento dos funcionários trazem para as famílias e ao agravamento do desemprego no distrito”. “A CP deve potenciar a empresa ao invés de ameaçar o seu encerramento”, concluiu o sindicalista.
Filipe Marques referiu ainda que já está agendada para o próximo sábado uma concentração nacional de trabalhadores ferroviários e reformados, em protesto contra a retirada de regalias de que sempre usufruíram.

Agência de Notícias 

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