Crime passional em Palmela


Mata amante da “ex-mulher” com três tiros

Um homem com cerca de 50 anos foi no sábado morto com três tiros por um vizinho, em Agualva de Cima, Freguesia da Marateca, em Palmela. O alegado homicida – as pessoas falam de que matou por amor – entregou-se à GNR do Poceirão num café para onde se dirigiu depois dos disparos. Ainda teve tempo de pedir desculpa à filha da vítima.

Homem descarrega três balas em amante de ex-mulher 

As mesmas fontes adiantaram à agência Lusa que o crime, cujos motivos são ainda desconhecidos, ocorreu por volta das 17h30, no sítio de Agualva de Cima, na zona do Poceirão. 
A fonte da Guarda indicou que o alegado autor do disparo "entregou-se voluntariamente" às autoridades.
Estiveram no local do crime quatro bombeiros da corporação de Águas de Moura, apoiados por dois veículos, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Setúbal e a GNR. O caso já está ser investigado pela Polícia Judiciária.
Mas segundo se conta na localidade, Possidónio Maia, casado e com quatro filhos, mantinha, há cinco anos, uma relação extraconjugal com uma mulher que tinha sido casada. Há muito que Artur vinha ameaçando de morte Possidónio Maia, após este se ter envolvido, há cinco anos, numa relação extraconjugal com a sua ex-mulher.
No sábado, quando bebia uma cerveja no café, em Agualva de Cima, perto de Águas de Moura, decidiu matar o vizinho. "Vou ali acabar um trabalho e já venho", terá dito aos amigos. "Já matei o Maia, chamem a GNR", pediu minutos depois no regresso ao café. Possidónio Maia tinha sido abatido com três tiros de caçadeira. O homicida acabou detido naquele estabelecimento comercial.

Crime era há muito tempo temido
Possidónio Maia, eletricista de 50 anos, apesar de casado e pai de quatro filhos, mantinha uma relação há cerca de cinco anos com Rosa, atualmente divorciada do homicida. Foi este relacionamento que levou Artur a ameaçar de forma constante Maia, até então seu amigo. As ameaças de morte foram nesse dia fatídico, pelas 17h30, materializadas. Maia foi surpreendido pelo vizinho quando se encontrava parado dentro do carro ao telemóvel. "O meu pai evitava cruzar-se com ele, pois receava que ele o matasse. Já uma vez tinha disparado contra o carro. Desta vez não o viu e acabou morto. O meu pai envolveu-se com a ex-mulher dele. Sabíamos que qualquer dia ele o poderia matar", contou a filha de Possidónio, Ana Maia, de 26 anos.
O vidro do Ford Focus estava aberto e, mal se aproximou, Artur atingiu a vítima num ombro. Depois abriu a porta e deu-lhe mais dois tiros na barriga e voltou ao café. Maia, a sangrar, ainda conseguiu ligar do telemóvel e pedir ajuda a um homem que trabalhava com ele. No entanto, à sua chegada, estava morto. "Ainda tentaram reanimar o meu pai mas já não conseguiram. Ele não merecia isto mas já temíamos que pudesse acontecer, devido às constantes ameaças", disse Ana Maia. Segundo a filha da vítima, o alegado homicida ainda lhe terá pedido desculpa no café, onde foi detido pela GNR do Poceirão

Agência de Notícias 

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