As desigualdades que mais preocupam portugueses


Violência contra mulheres e fosso salarial preocupam portugueses

A violência contra as mulheres, o fosso salarial e as dificuldades em conciliar vida privada e actividade profissional são as desigualdades de género que mais preocupam os portugueses, segundo dados do Eurobarómetro divulgados na passada sexta-feira.


Violência contra mulheres desigualdades de género preocupam 

Os dados foram revelados em Lisboa pela directora adjunta do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, num debate subordinado ao tema “O impacto da crise na vida das mulheres. Que respostas”, que contou com a presença das eurodeputadas Ana Gomes e Marisa Matias e assinalou as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
A violência contra as mulheres constitui preocupação para 45 por cento dos inquiridos, enquanto no conjunto da União Europeia (UE) soma apenas 23 por cento. Seguem-se a disparidade salarial entre homens e mulheres e as dificuldades das mulheres em conciliar vida privada e profissional, com 30 por cento para cada item nos inquiridos em Portugal, a mesma percentagem registada para o conjunto dos países da UE, referiu Ana Antunes Vieira.
Estes dados resultam de entrevistas realizadas por telefone a 25.556 pessoas dos 27 países da UE – 1.000 pessoas em Portugal –, no dia 4 de Fevereiro.
No que respeita ao impacto da crise, a entrada tardia dos jovens licenciados é o que mais preocupa as inquiridas em Portugal (67 por cento), contra os 47 por cento registados em relação ao aumento do trabalho precário e ao facto de algumas pessoas trabalharem em empregos que não correspondem ao seu nível de qualificação (43 por cento).
Já no que respeita aos critérios de recrutamento caso tivessem de recrutar uma mulher, 41 por cento dos portugueses que responderam ao inquérito invocaram o facto de ter filhos, 35 por cento a flexibilidade em termos de horas de trabalho e 33 por cento a aparência física.
Já no conjunto dos países da UE, e caso tivessem de recrutar uma mulher, 49 por cento dos inquiridos apontaram a existência de filhos, 35 por cento a flexibilidade de horário de trabalho e 33 por cento a aparência física.
O debate, que decorreu na sede do gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, contou ainda com a participação de representantes de Organizações Não Governamentais que a partir de agora passam a constar da base de dados daquele gabinete, dando origem a uma rede de organizações de mulheres em contacto com aquele gabinete, referiu ainda no debate Ana Antunes Vieira.

Agência de Notícias 

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