Parque da Autoeuropa perde 100 trabalhadores

O parque pode perder cerca de 500 postos de trabalho em 2013


Desde o início do ano as empresas presentes no parque industrial da Volkswagen (VW) Autoeuropa, em Palmela, já dispensaram mais de 100 colaboradores. E pode chegar a 500 no final do ano. A Comissão aponta o dedo ao Governo, e em especial ao Ministério da Economia e Emprego, acusando-o de não estar a esforçar-se por salvaguardar os postos de trabalho.

Empresas satélites da Autoeuropa podem despedir 500 pessoas este ano 

"Ainda estamos apenas no segundo mês do ano, mas já temos mais de 100 postos de trabalho perdidos, o que confirma as nossas previsões avançadas no início de Novembro de 2012", refere o comunicado enviado pela Comissão Coordenadora das Comissões de Trabalhadores.
De acordo com as previsões desta entidade, em 2013, o parque pode perder cerca de 500 postos de trabalho e muitas empresas poderão recorrer ao ‘lay-off'.
"As empresas no parque têm avançado com despedimentos colectivos ou por mútuo acordo, de trabalhadores efectivos, nomeadamente, Faurecia, Grupo Schnellecke, Wheels, outras de trabalhadores temporários e contratados, como a SAS, a Inapal Plásticos, a Vanpro, a Isporeco, PaintYes (antiga SPPM), Peguform, etc", refere o documento.

Ministério da Economia sem resposta
A VW Autoeuropa está a trabalhar no sentido de encontrar soluções para cerca de 600 trabalhadores, trabalhadores em excesso que resultam da conjuntura do mercado. "A experiência mostra-nos que a melhor maneira de manter aqui os trabalhadores, seja na VW Autoeuropa ou nas empresas do parque, é com o recurso a formação profissional, aumentando as competências técnicas e académicas destes trabalhadores, mas não vemos disponibilidade de muitas empresas nem iniciativas do Governo para isso", salienta a comissão.
A Comissão reuniu ontem para fazer novamente o balanço social e laboral das empresas de todo o complexo industrial. No comunicado é feita uma crítica ao Governo de Passos Coelho, nomeadamente ao Ministério da Economia e Emprego.
No ano passado, a comissão enviou uma documentação ao Ministério da Economia e Emprego no sentido de se encontrarem soluções alternativas aos despedimentos. Até hoje, a comissão continua a aguardar uma resposta do ministério.

Agência de Notícias 

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