Mercado Social apoia carenciados em Setúbal


Um espaço de utilidade imprescindível

O Mercado Social da Bela Vista, em Setúbal, equipamento logístico com funções de tratamento, armazenamento e distribuição de bens não perecíveis, foi inaugurado no final da passada semana, e visa melhorar o apoio solidário a famílias carenciadas da cidade e do concelho de Setúbal.

Novo espaço vai ajudar carenciados do concelho de Setúbal 

O novo equipamento municipal localiza-se no bairro amarelo da Bela Vista, na Rua da Figueira Grande, números 4 e 6, (nas antigas e outrora degradadas instalações do Centro Jovem Tabor) e funcionará como uma plataforma logística com funções de captação e armazenamento de bens não perecíveis, para posterior redistribuição a famílias carenciadas através das lojas sociais existentes.
No primeiro piso do imóvel, além da área de recepção, foram criadas cinco salas polivalentes, que podem funcionar com várias funções, nomeadamente para gabinetes técnicos, realização de iniciativas de formação, atendimento e desenvolvimento de trabalhos comunitários.
Na área de armazém, no piso térreo, foi criada uma zona ampla para guarda de materiais, uma área para cargas e descargas de bens e um outro espaço que funciona como copa e refeitório. Também uma lavandaria comunitária e uma oficina ali vão funcionar.
“Esta é uma resposta integrada que nada tem a ver com a ideia que alguns querem generalizar de que a missão das autarquias é a de se substituir ao Poder Central e de funcionarem quase como dadoras de esmolas”, reforçou a presidente da Câmara, na passada quinta-feira, na cerimónia de inauguração do novo equipamento, que ainda aguarda o efectivo início de actividade.

Funcionamento em partilha
O Mercado Social vai funcionar através de uma gestão partilhada entre a Câmara e várias instituições particulares de solidariedade social, numa óptica de reaproveitamento de recursos, gerida no âmbito de um contrato de comodato celebrado com a Associação Jardim de Infância “O Sonho”.
São parceiros deste projecto: Centro Paroquial e Social de São Sebastião, Associação Baptista Shalom, Associação Cristã da Mocidade, Associação de Professores e Amigos das Crianças do Casal das Figueiras, Cáritas Diocesana e o Instituto Politécnico de Setúbal.
“Todas estas entidades têm um conhecimento dos territórios e dos problemas sociais, têm experiência e trabalho de acompanhamento e inserção de famílias fragilizadas, têm experiência na captação de recursos e de dinamização de lojas sociais”, lembra Maria das Dores Meira, destacando igualmente a “importância das sinergias e do trabalho em rede”.

Dar “primazia às doações de empresas”
A mesma ideia foi partilhada pelo líder directivo da Associação Jardim de Infância “O Sonho”. Florival Cardoso, classificou a materialização deste equipamento social como um “grande desafio” na área social, que funcionará, igualmente, como um espaço de vida e convivência.
“O Mercado funciona, basicamente, como um pólo central para captação e armazenamento de bens não perecíveis para posterior distribuição nas várias lojas sociais do Concelho”, explicou aquele responsável, reforçando que o equipamento não vai funcionar directamente com a comunidade, que continuará a deslocar-se às lojas sociais.
Florival Cardoso adiantou que a gestão do Mercado Social vai dar “primazia às doações de empresas”, aludindo às necessidades mais dramáticas das famílias. “Mobiliário e pequenos e grandes electrodomésticos são os bens de maior necessidade nas lojas sociais”.

Agência de Notícias 

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