Encerramento de unidades hoteleiras em Tróia preocupa BE


Mariana Aiveca quer esclarecimentos de Álvaro Santos Pereira

A deputada Mariana Aiveca questionou o Ministro da Economia e do Emprego sobre o encerramento temporário da prestação de serviços de hotelaria e de restauração em Tróia que a TROIAVERDE- Exploração Hoteleira e Imobiliária, SA, do grupo Sonae Turismo, SGPS, SA, sub-holding da Sonae Capital, pretende levar a cabo durante os meses de Novembro e Dezembro.

Aqualuz Suite Hotel, em Tróia, acusada de despedimento de dez pessoas 
 
Dez trabalhadores do sector da restauração do Aqualuz Suite Hotel Apartamentos Tróia estão a ser alvo de um despedimento colectivo, de acordo com a comissão de trabalhadores. A empresa Troiaverde, que gere o Aqualuz, alega “insuficiências económicas”, refere Joaquim Pires, representante da comissão de trabalhadores e dirigente da Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
A denúncia partiu daquela estrutura sindical que já no início do ano tinha denunciado o despedimento coletivo que a administração da TROIAVERDE promoveu no complexo turístico de Aqualuz troiaresort, indo, segundo o Bloco de Esquerda, “ao arrepio do investimento do próprio Grupo Sonae Capital no empreendimento, de que a inauguração, em Maio de 2011, do centro de eventos ou a remodelação do Aqualuz troiario são exemplos”. O Bloco de Esquerda considera que este encerramento “prejudica flagrantemente as trabalhadoras e os trabalhadores do grupo, como ainda traz consequências negativas para a atividade económica da região, já tão famigerada pelas medidas austeritárias do governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas”.
O BE considera ainda que esta medida a ser implementada “causa danos inaceitáveis à imagem externa do turismo”. “Recorde-se que o encerramento temporário das unidades hoteleiras até ao final do ano deixa os potenciais visitantes sem qualquer alternativa de alojamento na península de Tróia”, alertam.
A deputada bloquista, eleita pelo distrito de Setúbal, exige que Álvaro Santos Pereira esclareça se tem conhecimento desta situação e que medidas pretende o governo desenvolver para garantir que os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores das unidades hoteleiras encerradas sejam acautelados.
Mariana Aiveca questionou ainda o governo sobre os impactos negativos que esta medida provoca na região e que vão ao arrepio do acordo celebrado nos finais dos anos 90 entre o Grupo SONAE / IMOREIA e o governo português, onde se estimava a criação de cerca de 2.180 postos de trabalho efetivos após a conclusão das obras.

Agência de Notícias 

Comentários