Dois mortos em fogo no Laranjeiro


Mãe e filha morrem num fogo numa subcave

Duas pessoas morreram e seis bombeiros ficaram feridos no domingo, num incêndio numa subcave no Laranjeiro, concelho de Almada, informou ontem à noite o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal. As vítimas mortais são mãe e filha, de 83 e 56 anos, adiantou à Lusa o oficial de serviço na direção nacional da PSP. Há ainda a necessidade de realojar cinco famílias.

Seis bombeiros de Cacilhas ficaram feridos no combate às chamas 

O incêndio, que terá começado por volta das 22h08 de ontem, na rua Padre Américo no Laranjeiro, provocou dois mortos. As primeiras informações apontavam para um casal, mas mais tarde a família e as autoridades identificaram as vítimas como sendo mãe e filha que viviam numa subcave – três andares abaixo o rés-do-chão – do prédio. O fogo provocou também ferimentos em seis bombeiros da corporação de Cacilhas e em mais uma pessoa que teve de ser assistido no hospital de Almada por inalação de fumos.
Segundo o comandante dos bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, e o coordenador da Proteção Civil de Almada, António Godinho, o prédio, cuja subcave três ardeu na totalidade, não apresenta, à partida, danos estruturais, mas não está habitável devido ao corte de eletricidade e gás, tendo os contadores ficado destruídos devido às elevadas temperaturas atingidas.
"Houve duas famílias a precisar de realojamento: um casal e, noutro caso, um agregado familiar de quatro pessoas", disse o coordenador da Proteção Civil de Almada, António Godinho.
O mesmo responsável indicou que técnicas da assistência social estavam no local, por volta das três da madrugada, para "providenciar um espaço temporário para as famílias durante os próximos dias". Os dados recolhidos já hoje apontam para que as cinco famílias que habitam no prédio não possam voltar a casa nem hoje nem amanhã, dado que o edifício precisa de ser vistoriado com mais profundidade.

Seis bombeiros feridos
Fogo destruiu por completo a cave do prédio 

Segundo António Godinho, "houve casos que os bombeiros tiveram de arrombar as portas das casas porque não estava ninguém" no interior das habitações.
"A subcave ficou completamente destruída, mas os andares de cima não sofreram danos", afirmou o comandante dos bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, indicando que "o facto de ser numa subcave causou muitas dificuldades de acesso".
Miguel Silva deu conta do estado de saúde dos seis bombeiros feridos no combate às chamas, indicando que quatro dos operacionais sofreram ferimentos ligeiros.
Um dos dois bombeiros que inspiram mais cuidados sofreu uma queda e foi submetido a um TAC no Hospital Garcia de Orta, em Almada, e o outro elemento foi transportado para o Hospital de Santa Maria em Lisboa, com queimaduras de segundo grau nas mãos.
O incêndio causou mais duas vítimas, por inalação de fumos, uma assistida no local e outra conduzida para o hospital Garcia de Orta.
A Polícia Judiciária deslocou-se ao local para recolher indícios para apurar as causas do incêndio e agentes da PSP vão permanecer no local a fazer vigilância às casas que ficaram abertas, acrescentou a fonte da Proteção Civil.
No combate ao incêndio estiveram envolvidos 45 bombeiros, apoiados por 13 viaturas.

Agência de Notícias 

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