Diáfano Portus Cale por Marta Tomé


Se é Natal, ninguém leva a mal


Quantos de nós já ouvimos a expressão “o que conta é a intenção” após oferecer um presente? Pois bem, se assim o é, não vale a pena desperdiçarmos muito tempo a questionar-nos se o que vamos oferecer vai ou não ao encontro dos gostos da pessoa; se o presente foi caro ou barato demais, até porque a máxima “de boas intenções está o inferno cheio”, deixa-me sempre um pouco baralhada. Portanto, intenções à parte, este ano foquei-me na palavra utilidade.


E foi a pensar em 2013 que reuni algumas ideias que altruisticamente passo a partilhar.

Um guarda-chuva, ou como diriam as minhas amigas de Cascais, um chapéu-de-chuva, não porque eu tenha conhecimentos no Instituto de Meteorologia, mas porque se avizinha um ano muito difícil e como tal sei que muitos de nós seremos acompanhados por uma dócil nuvem cinzenta o ano todo.

Uma pulseira electrónica, porque à semelhança do boom gerado pela pulseira power balance, também esta parece estar em voga, senão que o digam Duarte Lima e o Vale e Azevedo que já aderiram a esta tendência.

Segundo as superstições o número 13 é o número do azar, e como se não bastassem as medidas de austeridade que nos aguardam no próximo ano, experimentem retirar 2000 anos a 2013 e verão os algarismos que restam, por isso, a minha próxima sugestão é uma ferradura; pata de coelho; Kgs de malaguetas; figas (…).

De muito mau gosto será oferecer uma carteira/porta-moedas, dado que a maioria das carteiras circularão vazias nos jeans/malas. Melhor mesmo será oferecer um mealheiro ou até mesmo um cinto.

Afinal, se é Natal e como tal, não haverá espaço para ninguém levar a mal.


Marta Tomé
Lisboa 

Diáfano Portus Cale – Portugal Transparente – é um olhar sobre a sociedade portuguesa da autoria de Marta Tomé,  para o ADN

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