Turismo rural discutido em Pinhal Novo


Turismo rural está a crescer

O aproveitamento dos recursos naturais existentes no concelho de Palmela que são derivados à agricultura para o setor turístico é um dos objetivos, quer do município, quer do Governo, que vê na simbiose entre o turismo e a agricultura uma forma para atingir a sustentabilidade económica e a criação de rendimentos extra. "O turismo rural representa 40 milhões de euros por ano, mas há um crescimento muito grande. Anualmente tem havido um crescimento de 3,5 por cento de empresas a entrarem no sector do turismo rural e um crescimento de 4,5 por cento no número de postos de trabalho", disse secretário de Estado da agricultura.

Rio Frio,  na freguesia de Pinhal Novo, é um dos pólos de turismo rural 


José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da agricultura, admitiu, na quarta-feira, no Pinhal Novo, que “tudo na agricultura pode ser aproveitado para o turismo que, em última análise significa rendimentos extra para os agricultores”.
“O Governo é agrícola por estar consciente que este setor tem todas as condições para ser auto-suficiente e ajuda a combater o défice de três mil milhões de euros que o Estado possui”, prossegue José Diogo Albuquerque.
Mas este não é só um desejo do Governo. O providenciar de alimentos para consumo interno ou a atração de turistas para a região através do Agroturismo são as normas salientadas por Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara de Palmela.
 “O facto de Palmela estar inserida na Área Metropolitana de Lisboa faz com que a maior parte dos vistantes sejam desta zona”, realça a presidente, acrescentando que o turismo rural deve ser entendido como novas fontes de receitas e oportunidades de negócio que gerem emprego no concelho. Ana Teresa Vicente realça ainda a capacidade única dos produtores de Palmela em “transformar o saber fazer tradicional em produtos rentáveis para a economia regional”.  

Turismo rural movimenta 40 milhões/ano
O investimento em infra estruturas que promovam o desenvolvimento rural, principalmente através de fundos comunitários, é apontado pelo secretário de Estado da agricultura como a melhor de “ao invés de empobrecer sozinho crescer em conjunto”. A constituição de associações de agricultores “que se apoiem mutuamente e concorram a dinheiros públicos é a chave para o desenvolvimento rural”, disse José Diogo Albuquerque, presente no seminário “Desafios para o turismo em meio rural” realizado no Pinhal Novo, onde foi apresentado o estudo sobre a internacionalização do turismo no meio rural.
Segundo o governante, "O turismo rural representa 40 milhões de euros por ano, mas há um crescimento muito grande. Anualmente tem havido um crescimento de 3,5 por cento de empresas a entrarem no sector do turismo rural e um crescimento de 4,5 por cento no número de postos de trabalho", disse. "Aquilo que é hoje 40 milhões de euros, poderá ser muito mais no futuro, para além de não estarem aqui contabilizadas as actividades colaterais, como a venda nos mercados locais, o escoamento da produção nas próprias unidades de turismo rural e a promoção da imagem de Portugal no estrangeiro", acrescentou José Albuquerque.
O secretário de Estado salientou ainda que o executivo pretende dar todos os apoios à agricultura, de forma célere e operacionalizada, porque "é difícil ter turismo rural sem ter agricultura". 
"No turismo rural temos o Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), com medidas específicas, como o agroturismo, que está a funcionar cada vez melhor em termos de previsibilidade de pagamentos, o que dá confiança aos empresários para investirem cada vez mais", disse.
No seminário foi apresentado um "Estudo sobre a internacionalização do turismo no meio rural", financiado pelo Programa para a Rede Rural Nacional e realizado pela THR - Internacional Tourist Consultants, que salientou a necessidade de uma grande cooperação entre as diferentes entidades públicas e privadas do sector, para melhorar a oferta e promover a actividade no estrangeiro.

Agência de Notícias 

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