Palmela conhece próxima Cidade Europeia do Vinho esta tarde


Palmela faz balanço positivo 

Palmela, que ostenta o galardão de Cidade Europeia do Vinho este ano, vai conhecer o seu sucessor durante o dia de hoje. José Arruda, secretário geral da Associação de Municípios Portugueses de Vinho, admite que o próximo município a ser galardoado, de Itália, vai ter de imprimir “um grande esforço para realizar todas as atividades como Palmela teve ao longo do ano”.

Cidade do Vinho 2013 será hoje anunciada em Lisboa 

Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara de Palmela, diz que desafio que a próxima cidade europeia do vinho tem de enfrentar, que se assemelha ao que todo o território nacional possui, o de “desenvolvimento do território a partir da componente rural, agrícola e turística”. “Todos os municípios afirmam ter produtos inigualáveis e caraterísticos da sua zona, mas o principal objetivo passa por valorizar estes através do envolvimento de todos os agentes com influência”, diz a presidente da autarquia de Palmela que foi, durante este ano, a primeira cidade europeia do vinho.
O facto de a produção vitivinícola de Palmela ter arrecadado inúmeros prémios internacionais este ano de 2012 não faz a autarca assumir por inteiro a excelência do setor, mas sim “ambicionar novos projetos, investimentos privados e novos mercados para elevar ainda mais o nome dos vinhos da península”. Os vários setores que Palmela explora no território, como o automóvel ou industrial também são apontados como parceiros fundamentais na projeção dos vinhos.

Sector precisa também de apostar no turismo
“É necessário um trabalho conjunto com um objetivo similar”, frisa António Pombinho, presidente da Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (Adrepes), que salienta a utilidade das adegas de Palmela para outros fins senão a produção de vinho. “O turismo pode ser muito bem explorado nas adegas, através de visitas guiadas ou a produção de teatro nas suas instalações”, refere o responsável pela Adrepes, apontando para um investimento crucial nestas para diversificar a oferta.

Preocupações da Recevin
Nas celebrações do dia europeu do enoturismo, a Rede Europeia de Cidades do Vinho (Recevin), alerta para os tempos difíceis por que todo o mundo passa, razão para que “muitos municípios não tenham condições financeiras para apostar na valorização e promoção dos seus produtos”.
Carmé Ribes, secretária geral da Recevin, considera que a carta europeia do enoturismo deve ser aplicadas por aqueles municípios que atravessem dificuldades, “uma vez que esta se define pelo modelo único de enoturismo sustentável baseado na cooperação entre todos os agentes económicos”.
A divulgação das cidades vencedoras ao título “Cidade do Vinho 2013” e “Cidade Europeia do Vinho 2013”, apresentação do Congresso Nacional “O Vinho e o Mundo Rural” e o Dia Europeu do Enoturismo 2012, terá lugar esta tarde, às 15 horas, nas Instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, em Lisboa (Rua Mouzinho da Silveira, nº 5).

Agência de Notícias 

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