Limpar a capital de rabiscos mal desenhados
O vereador do Espaço Público
de Lisboa, José Sá Fernandes, vai declarar guerra aos graffiti em 2013. A ideia é limpar os chamados tags, as assinaturas que povoam
as paredes da capital do país.
Câmara de Lisboa quer limpar graffittis da cidade |
"Haverá um combate
radical aos graffiti",
declarou o autarca durante o debate sobre o estado da cidade que decorreu na
terça-feira na Assembleia Municipal de Lisboa. Sá Fernandes explica que a
mega-operação de limpeza deverá arrancar em Janeiro ou Fevereiro e implicará
custos que "não chegam a um milhão de euros".
A apagar os tags ou a pintá-los, consoante os casos, estarão tanto funcionários municipais como empresas privadas: a câmara irá também abrir um concurso para as empresas da especialidade.
Em 2010, as principais ruas do Bairro Alto foram submetidas a uma operação contínua de remoção de pichagens com resultados comprovados. Cada vez que surgiam novos rabiscos retorcidos, lá vinham os operários de trinchas em punho reparar o estrago, uma e outra vez. A insistência fez com que os writers tivessem ido escrever para outro lado, como o vizinho bairro da Bica.
Os especialistas em arte urbana apontaram, no entanto, falhas a esta operação. No sentido de deixar tudo limpo, a Câmara de Lisboa apagou também trabalhos de artistas famosos dosgraffiti. Agora o objectivo é estender a operação antigraffiti testada no Bairro Alto ao resto da cidade, diz Sá Fernandes. "Como em Nova Iorque", observa, numa referência à campanha musculada levada a cabo nesta cidade nos anos 1990 por Rudolfo Giuliani, o presidente de câmara republicano para quem graffiti eram sinónimo de crime e deviam ser combatidos por todos os meios.
A Avenida de Berna e a João XXI são alguns exemplos avançados por Sá Fernandes de artérias a precisar de limpeza, bem como os bairros de Benfica e da Penha de França. Mas a operação estender-se-á a Lisboa inteira, avisa. Em Agosto, o ministro da Administração Interna anunciou a sua intenção de alterar a lei de forma a penalizar a sério este tipo de vandalismo.
A apagar os tags ou a pintá-los, consoante os casos, estarão tanto funcionários municipais como empresas privadas: a câmara irá também abrir um concurso para as empresas da especialidade.
Em 2010, as principais ruas do Bairro Alto foram submetidas a uma operação contínua de remoção de pichagens com resultados comprovados. Cada vez que surgiam novos rabiscos retorcidos, lá vinham os operários de trinchas em punho reparar o estrago, uma e outra vez. A insistência fez com que os writers tivessem ido escrever para outro lado, como o vizinho bairro da Bica.
Os especialistas em arte urbana apontaram, no entanto, falhas a esta operação. No sentido de deixar tudo limpo, a Câmara de Lisboa apagou também trabalhos de artistas famosos dosgraffiti. Agora o objectivo é estender a operação antigraffiti testada no Bairro Alto ao resto da cidade, diz Sá Fernandes. "Como em Nova Iorque", observa, numa referência à campanha musculada levada a cabo nesta cidade nos anos 1990 por Rudolfo Giuliani, o presidente de câmara republicano para quem graffiti eram sinónimo de crime e deviam ser combatidos por todos os meios.
A Avenida de Berna e a João XXI são alguns exemplos avançados por Sá Fernandes de artérias a precisar de limpeza, bem como os bairros de Benfica e da Penha de França. Mas a operação estender-se-á a Lisboa inteira, avisa. Em Agosto, o ministro da Administração Interna anunciou a sua intenção de alterar a lei de forma a penalizar a sério este tipo de vandalismo.
Desemprego preocupa autarquia
O aumento do desemprego foi
outro tema abordado no debate sobre o estado da cidade. O presidente da câmara,
António Costa, disse que se registou um aumento da taxa de desemprego de 22,9
por cento em relação a Setembro de 2011. E foi precisamente a crise económica
que levou os deputados municipais do PSD a propor ao autarca socialista que
abdique do aumento da parte dos impostos que cabe à câmara receber (IRS e de
IMI) de modo a reduzir a factura dos contribuintes, uma vez que o município vai
ganhar muito dinheiro com a venda dos terrenos do aeroporto ao Estado.
Os sociais-democratas afirmam que só assim viabilizarão o orçamento de António Costa para 2013. "Isso é transformar a câmara no Ministério da Solidariedade", reagiu o socialista Miguel Coelho, mostrando-se, no entanto, aberto a negociações.
Os sociais-democratas afirmam que só assim viabilizarão o orçamento de António Costa para 2013. "Isso é transformar a câmara no Ministério da Solidariedade", reagiu o socialista Miguel Coelho, mostrando-se, no entanto, aberto a negociações.
Agência de Notícias
Comentários
Enviar um comentário