Festival do Moscatel em Palmela até domingo



Palmela, terra do melhor moscatel do mundo

Até 3 de junho, o Largo S. João, em Palmela, é palco do Festival do Moscatel, iniciativa inserida no programa “Palmela, Cidade Europeia do Vinho 2012”. Mostras, provas e venda de Moscatel de Setúbal, eleito em 2011, o melhor moscatel do mundo. Em Palmela, esta noite [feriado municipal] realiza-se ainda a Gala Cidade Europeia do Vinho 2012, que celebra a distinção atribuída ao Município pela RECEVIN, a Rede Europeia das Cidades do Vinho.


Casa Venâncio da  Costa Lima produz melhor moscatel do mundo

Mostra, prova e venda de Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo, com a presença de todos os produtores da Península de Setúbal, são o principal atrativo do Festival, que dará a conhecer, também, ligações gulosas deste néctar regional à doçaria, ao chocolate, à gelataria e à elaboração de cocktails surpreendentes. Workshops, provas de Moscatel de Setúbal comentadas por enólogos e exposições são mais algumas das propostas para um fim de semana diferente, em Palmela.
O Moscatel de Setúbal, com região demarcada desde 1907, continua a afirmar-se pela sua qualidade, a nível nacional e internacional. Em 2011, um Moscatel da Adega Venâncio da Costa Lima, sediada em Quinta do Anjo, obteve o prémio de Melhor Moscatel o Mundo no concurso “Muscats du Monde”, realizado na cidade francesa de Montpellier.


As origens do melhor moscatel do mundo
Joana Vida, da Venâncio da Costa Lima, sublinhou na altura “a importância máxima” desta distinção, realçando o facto de esta ser importante no sentido “de consolidar uma marca de referência junto do consumidor, cuja qualidade foi agora aferida de forma incontestável internacionalmente”.
Joana Vida recordou que algumas marcas da casa têm vindo a ganhar, desde 2008, no mesmo concurso, medalhas de ouro, sustentando assim todo um trabalho que diz ser “contínuo” e que culminou agora com a obtenção da pontuação mais elevada, entre todos os vinhos, do melhor moscatel do mundo. “É uma distinção importante que prova também que os vinhos da região têm qualidade”, sublinhou.
Todos os vinhos do concurso “Muscats du monde”, especializado internacionalmente na avaliação dos vinhos de uma só casta, a Muscat, foram avaliados por provadores treinados, obedecendo a uma série de regras exigentes, que colocam este concurso nos mais altos níveis de credibilidade mundial. Foi a primeira vez que Portugal obteve a pontuação mais elevada com um vinho desta casta.
Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara de Palmela congratula-se por Palmela ser “o município português com mais medalhas de ouro atribuídas aos produtos vinícolas, o que reflete a excelência dos vinhos da região”.
No Largo de S. João, com uma vista magnífica para o Castelo de Palmela e para a Arrábida, Candidata a Património Mundial, parta à descoberta dos melhores sabores da região.
O Festival do Moscatel é uma organização da Câmara Municipal de Palmela, em parceria com a Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul e a Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal.


Gala Cidade Europeia do Vinho 2012 realiza-se esta noite
Recorde-se ainda que esta noite, Palmela assinala o Dia do Concelho com a realização da Gala Cidade Europeia do Vinho 2012, que celebra, também, a distinção atribuída ao Município pela RECEVIN, a Rede Europeia das Cidades do Vinho.
O programa tem início às 21 horas, no Largo de S. João, com a inauguração da Exposição de Fotografia IN OUT, que ficará patente no Paredão do Largo durante todo o verão. Na abertura desta mostra, que retrata alguns dos melhores momentos do ciclo criativo com o mesmo nome, desenvolvido pela DançArte desde 2008, a companhia apresenta Dança no Ar e música ao vivo.
Já no Cineteatro S. João, o espetáculo “Da Cor da Água: do Tempo em que as Mulheres Não Entravam nas Tabernas”, composto e dirigido pelo Maestro Jorge Salgueiro, tem início às 21h30.
A partir das cinco canções e árias de ópera mais populares que falam de vinho, Jorge Salgueiro construiu cinco prelúdios e a ideia de um espetáculo alicerçado nos próprios músicos como intérpretes, não só do seu instrumento, mas também da dramaturgia.


Paulo Jorge Oliveira 

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