Comboios da linha do Sado em greve


Feriado municipal do Barreiro pára comboios

Os comboios da Linha do Sado deverão parar esta quinta-feira devido às greves dos maquinistas e dos revisores, disse a porta-voz da CP, adiantando que os passageiros foram afetados ontem, ao final do dia.

Comboios da Linha do Sado estão hoje em greve 

Os sindicatos Nacional de Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e Ferroviário da Revisão Comercial e Itinerante (SFRCI) apresentaram o pré-aviso de greve aos feriados - nacionais e municipais - do mês de junho, o que inclui o feriado municipal de quinta-feira no Barreiro.
A porta-voz da CP - Comboios de Portugal, Ana Portela, disse à Lusa que, devido às greves anunciadas por várias organizações sindicais, "está prevista a supressão da totalidade dos comboios" na Linha do Sado (Barreiro-Praias Sado) esta quinta-feira.
Ana Portela, disse à agência Lusa que, devido às greves anunciadas por várias organizações sindicais, "não foram realizados os sete comboios que estavam previstos para a Linha do Sado até às 08:00". De acordo com a mesma fonte, hoje não deve realizar-se qualquer um dos 57 comboios previstos para hoje.
A circulação ferroviária na Linha do Sado deverá estar normalizada na sexta-feira de manhã.
Na Linha do Sado realizam-se, diariamente, 8.000 viagens.

Greve por... perseguição disciplinar
O Sindicato dos Maquinistas avançou para a greve "contra a perseguição disciplinar dos trabalhadores da tração [maquinistas] desencadeada pelos conselhos de administração da CP EPE/CP Carga", as "medidas das administrações da CP/CP Carga, que visam reduzir os salários dos trabalhadores" e para reivindicar o "cumprimento integral dos acordos em vigor, designadamente de 21 de abril e 09 de junho de 2011", segundo o pré-aviso.
Já o SFRCI, que representa os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, anunciou, em comunicado, que recorreu à greve para contestar a "total ausência de diálogo" por parte do ministro da Economia.
O sindicato afirma que a "taxa de esforço para a contenção de despesas exigida aos trabalhadores operacionais da CP está a ser levada ao extremo, sendo desproporcional em relação a outros setores sob a mesma tutela", acrescentando que, em junho, os trabalhadores "foram obrigados a devolver 50 por cento do dinheiro que tinham recebido pelo trabalho extraordinário e em feriados compensados, uma vez que tinham recebido a 100 por cento desde o início do ano, tal como estipulava o Acordo de Empresa".
O SFRCI diz que, "por decisão unilateral da tutela, as regras do jogo mudaram, passando a CP a pagar tal trabalho apenas a 50 por cento e exigindo os retroativos a janeiro deste ano", considerando tratar-se de "um roubo descarado".

Agência de Notícias 

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