Saúde: Governo pondera transferir urgências de Almada para Santa Maria

BE não quer fecho das urgências no Hospital de Almada

O Bloco de Esquerda exigiu hoje a manutenção das urgências do hospital Garcia de Orta, em Almada, afirmando que o seu fim seria um prejuízo para todo o sul do país. Fecho de urgência no hospital de Almada “não é política de saúde, é contabilidade mal feita", argumentou o deputado João Semedo.


Deputado do BE quer Garcia de Horta com Urgências 


Em declarações aos jornalistas após uma reunião com a administração do hospital, o deputado João Semedo afirmou que o fecho das urgências "seria um prejuízo para esta região e a perda de muitos anos de muito trabalho, muita diferenciação e bom desempenho" do Garcia de Orta.
O encerramento das urgências, em cima da mesa no âmbito da reformulação da rede de urgências da região de Lisboa "não faz sentido", reiterou, indicando que "não é razoável" obrigar os doentes que serve a terem que ir para Lisboa "em situações em que um minuto decide a vida ou a morte".
"Esta urgência deve manter-se e ser apoiada, promovida e reforçada com novas especialidades para que possa ter um desempenho cada vez melhor", defendeu João Semedo.
O deputado lembrou que aquele hospital "recebe as situações mais graves de todo o sul do país" e que tem "20 anos de trabalho muito diferenciado" que permitem tratar "situações muito difíceis e muito complexas como em qualquer outro grande hospital".
Questionado sobre a hipótese de as urgências do Garcia de Orta fecharem para encaminhar utentes para Santa Maria, que perderá parte da sua zona de influência com o novo hospital de Loures, João Semedo afirmou que "não parece razoável" que "para equilibrar as contas de um hospital de Lisboa se tenha que fechar parte de um hospital de Almada".
"Isso não é política de saúde, é contabilidade mal feita", argumentou o deputado do Bloco de Esquerda.

Paulo Jorge Oliveira


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