BE preparara manifestações em todo o país

Bloco de Esquerda prepara-se para sair à rua
O BE decidiu no sábado pela “multiplicação da luta de massas” contra a austeridade, convocando uma campanha nacional que culminará numa jornada nos dias 28 de 29 de abril, nas principais cidades do país. A jornada de luta passará por Setúbal e Lisboa, e no norte pelo Porto e Braga.
BE quer voltar a reunir "a esquerda de luta" 



“O Bloco de Esquerda mobilizará toda a sua energia para desenvolver uma resposta consistente, de uma oposição construtiva, combativa, batalhadora, para devolver aos portugueses a capacidade de escolha e o direito de decidirem sobre si próprios e sobre a sua vida”, anunciou o coordenador do BE, Francisco Louçã.
“Nas próximas semanas e nos próximos meses esta ação expressar-se-á pela multiplicação da luta de massas, da luta política e social, da convocação da democracia”, declarou, em conferência de imprensa, antes de terminar a reunião da mesa nacional bloquista.
O órgão máximo entre convenções do Bloco decidiu pela realização de uma “grande campanha contra a austeridade e contra o Governo da troika”, que culminará numa jornada nos dias 28 e 29 de abril.
“Queremos abanar a ideia, sacudir a ideia de que o país desiste de si próprio, queremos dizer que há uma oposição que não desiste, que vai ser cada vez mais forte, que está determinada a isso, que vai à luta de massas, que vai a propostas claras perante o país, porque isso é que é necessário para mudar a política”, argumentou o líder do Bloco de Esquerda.

Endurecer o debate nas principais cidades

O endurecimento da “luta de massas” começa no próximo sábado, no Terreiro do Paço, em Lisboa, “pelo convite dos sindicatos”, assinalou Louçã, mas a partir daí em várias iniciativas promovidas pelos bloquistas.
A 28 e 29 de abril realizar-se-ão jornadas em Setúbal, Lisboa, Porto e Braga, entre outras cidades, “que culminarão com grandes comícios de rua e com grandes iniciativas de intervenção popular, com marchas, com intervenção social, para dar corpo a uma resposta política que apresente alternativas concretas”.
O Bloco de Esquerda, diz Francisco Loucã, “fará subir o nível da nossa ação social, da nossa participação e intervenção populares para responder diretamente a cada uma destas medidas, à abolição de feriados, ao aumento do número de dias de trabalho que não é pago à multiplicação das formas de exploração e de marginalização e exclusão social”, disse.

O regresso da “esquerda de luta”
Setúbal e Lisboa recebem manifestação 


O BE assinalou que, “com o acordo feito entre o patronato e o governo, se iniciou uma fase de destruição de direitos sociais e de ataque à vida dos trabalhadores, que a grande maioria da população está a sofrer no primeiro mês de 2012 o prenúncio de um tsunami económico e social, que já se expressou no aumento do preço dos transportes, no aumento do preço dos medicamentos, na redução dos apoios sociais, no aumento dos impostos e em consequência no disparar do nível de desemprego“.
Questionado sobre a necessidade de construir pontes com outros partidos de esquerda, Francisco Louçã afirmou que os bloquistas estão “inteiramente mobilizados para multiplicar o diálogo e a capacidade de ação política contra a troika, contra o protetorado, contra a violência social”.
“Não hesitaremos de forma nenhuma em fazer esta batalha, é preciso uma esquerda de luta”, afirmou, acrescentando que recentemente o BE se associou a deputados do PS para pedir a fiscalização da constitucionalidade do Orçamento.

Agência de Notícias 

Comentários